terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A VOZ FAMILIAR



Uma voz ecoa intimidando caminhos
Chega a pronunciar blasfêmia e pecado
Destrói idéias, rindo, consome o vinho
Segue o martírio de ser um amaldiçoado.

É capaz de criar e em detalhes se perder
Faz-se monstro e herói, tão criativo e tão cego
Desenvolve a armadilha que o faz sofrer,
Diariamente afeta o seu louco ego. 

Lembro-me das vezes em que chegavas embriagado
Brindavas com a derrota e cuspia os pilares da moradia.
Logo a sarjeta, era rapidamente agregado,
Sentia a angustia ao fim do dia. 

Que fizeste para chegar a tal estado? 
És um tolo por deixar-se levar ao infortúnio!
Substitui-se por promessas repetidas, 
São abatidas e por gestos és vedado.

Tu reges entre pai, filho, salvador e tirano.
O irmão crápula, o bem e o mal da família
A fé e a descrença que inspiram ao pequeno
És a ausência de mais um dia longo, dentre tantos, o desengano. 




Talbert Igor

3 comentários:

  1. Bravo! Bravíssimo!!! Sebemos que tudo pode virar matéria de poesia, e quando essa matéria compõe-se do que trazemos de mais sagrado dentro da gente... marcas indeléveis que no acompanharão pelo resto de nossas vidas, a poesia transcende, a poesia expande, a poesia torna maior o nosso interior e o mundo a nossa volta.

    P.S: Torna maior também seus leitores.

    Abração Menino Talbert

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    1. Valeu Roninho!!!
      muito obrigado mesmo.A poesia está em qualquer coisa!!
      Grande abraço

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