Que toquem na felicidade e despertem
o oi do reencontro
Nessa noite de contato, fumaça e
líquido, em que somos corpos que evaporam.
Descemos e subimos a escada do
passado para a porta do futuro
O ar, o céu, o brilho do movimento
inesperado ao anoitecer,
Perdemos-nos nesse brilho noturno,
para acordar em um novo nascer do sol.
Dia-a-dia seguiremos fraternos com
essas cabeças de filhas e asas de borboletas.
Quero ser o que não se é, poder dizer
a esse ser aquático:
- O mar? Minha grande lagoa!
A lagoa existe até certo ponto do
desequilíbrio em estrutura,
Pois nada sabemos dos seres que
impõem na vergadura do movimento.
Há seres por toda parte!
Nós sobrevivemos aos sustentáculos
Inclusive d´água; aberta,
incerta, corroída, morta.
Cantarolamos um dueto com o silêncio
que invadiu essa moradia de tão poucos sortudos,
De amores quase nunca vividos e
experimentados;
Somos paredes que sustentam
esse apartamento de concreto e sombras.
O vibrar da luz e das flores,
O cantar dos nossos ventos,
Atração de atrações de palavras, sons
e olhares.
Nada de ventos ou martírio do
inexistente,
Parte do que somos é a delícia da
sedução
Cervejas estão na volúpia dos cantos.
Somos dias ardentes e
corrosivos; tal essa praga que nos lançam diariamente.
Entre corredores, calçadas e ruas, em
busca da vitória em que moramos,
Construímos nossos dias de felicidades e
distrações.
As contradições e pessimismos d´uma
alma Geminiana, a ardência que somos todos juntos e o nada que somos
separados.
As semelhanças que possuímos é
o que nos tornamos,
Seremos até o fim dos nossos dias.
Logo depois, a tristeza bateu em
nossa porta e vimos o ruir das partes,
Tornarmos-nos mais potentes, quando
os olhos partiram para as lágrimas,
Caídos nessa esfera, nada mais
nos fez falar.
Mas como nos imbricamos nos
movimentos conseguimos, com força,
Atuar em movimentos inversos.
E partir para a dimensão jamais imaginada,
não há tempo, não há conceitos.
As passadas imprevisíveis e inimagináveis que
damos a cada instante,
E quando terminamos nossos momentos
com palavras, gestos e salivas.
Somos esses comuns fios diários.
Dentre cicatrizes recém-descobertas;
das 2 às 5:30,
Somos o brilho marcante de Lúcifer!
Claudia Garcia e Talbert Igor/ 2012