domingo, 18 de março de 2012

CERVEJAS IN TOTUM


Que toquem na felicidade e despertem o oi do reencontro
Nessa noite de contato, fumaça e líquido, em que somos corpos que evaporam.
Descemos e subimos a escada do passado para a porta do futuro
O ar, o céu, o brilho do movimento inesperado ao anoitecer,
Perdemos-nos nesse brilho noturno, para acordar em um novo nascer do sol.
Dia-a-dia seguiremos fraternos com essas cabeças de filhas e asas de borboletas.
Quero ser o que não se é, poder dizer a esse ser aquático:
- O mar? Minha grande lagoa!
A lagoa existe até certo ponto do desequilíbrio em estrutura,
Pois nada sabemos dos seres que impõem na vergadura do movimento.
Há seres por toda parte!
Nós sobrevivemos aos sustentáculos
Inclusive  d´água; aberta, incerta, corroída,  morta.
Cantarolamos um dueto com o silêncio que invadiu essa moradia de tão poucos sortudos,
De amores quase nunca vividos e experimentados;
Somos  paredes que sustentam esse apartamento de concreto e sombras.
O vibrar da luz e das flores,
O cantar dos nossos ventos,
Atração de atrações de palavras, sons e olhares.
Nada de ventos ou martírio do inexistente,
Parte do que somos é a delícia da sedução
Cervejas estão na volúpia dos cantos.
Somos  dias  ardentes e corrosivos; tal essa praga que nos lançam diariamente.
Entre corredores, calçadas e ruas, em busca da vitória em que moramos,
Construímos nossos dias de felicidades e distrações.
As contradições e pessimismos d´uma alma Geminiana, a ardência que somos todos juntos e o nada  que somos separados.
As semelhanças que possuímos é o que nos tornamos,
Seremos até o fim dos nossos dias.
Logo depois, a tristeza bateu em nossa porta e vimos o ruir das partes,
Tornarmos-nos mais potentes, quando os olhos partiram para as lágrimas,
Caídos nessa esfera, nada mais nos fez falar.
Mas como nos imbricamos nos movimentos conseguimos, com força,
Atuar em movimentos inversos.
E partir para a dimensão jamais imaginada, não há tempo, não há conceitos.
As passadas imprevisíveis e inimagináveis que damos a cada instante,
E quando terminamos nossos momentos com palavras, gestos e salivas.
Somos esses comuns fios diários.
Dentre cicatrizes recém-descobertas; das 2 às 5:30,
Somos o brilho marcante de Lúcifer!
                                               

                       Claudia Garcia e Talbert Igor/ 2012

sexta-feira, 2 de março de 2012

PRETO VELHO (Baduga Turiba Blues)





Preto Velho (Baduga Turiba Blues)

(Talbert Igor)

(E, A, B7)


Estava a caminhar, quando olhei pro lado,
E vi um preto velho que estava ali parado,
Ele falou então:

- pra quê tudo isso? O que você precisa, eu tenho em minhas mãos!

Abra bem os olhos, para poder ver..
Pois o que tenho aqui você jamais vai esquecer!
Pode observar, pois é muito raro,
É como se a felicidade não morasse ao lado da loucura.
O velho abriu as mãos e eu fiquei a observar, mas eu nada vi, pois nada tinha lá.
Então ele sorriu e pro chão apontou, pegou um papel que ele mesmo derrubou.
Segurando o papel nas mãos o preto velho me falou sua história de vida e de tudo que passou,
Mas de repente o velho desmaiou!
 O meu susto foi tão grande com a morte repentina desse senhor!
Vieram outras pessoas e o seu corpo foi levado, esqueceram o papel que estava ali largado!
Então eu o peguei e pus-me a ler logo,
Era uma simples consulta com um psicólogo.













quinta-feira, 1 de março de 2012

CONFIDÊNCIA




Lanço o contraditório e confio à confidente!
Espero a resposta, talvez o positivo, entre poses e gestos para o solitário.
Sou o professor que aprende com a bela aluna,
Que livra-me da inércia de tentar mais uma vez amar.

Aprendo com o passado, mas por descaso, não o introduzo ao presente.
Mais uma vez, desperdiço o tempo que me é oferecido.
Sou o corpo que junto ao seu sente-se aquecido,
Por entre olhar sutil, o desinteresse faz-se ausente.

Sinto-me atraído por teorias e pensamentos,
Por belezas que ocultam os segredos de uma mulher.
O desejo que tanto disfarcei entre momentos,
Agora mostro, mas não temo o que vier.

Há muito tempo que fiz da solidão companheira.
Acostumei-me com os devaneios que costumeiramente os crio,
Mas agora dos planos, a vontade vem primeira!
Vontade de fazer, o que sinto, ao meu ser caiu.

Desejo possuir, entre intimidades, teus lábios carnudos.
Poder sussurrar-lhe aos ouvidos palavras de amor,
As belezas que abranges teu corpo moreno,
Livraremos da indiferença e do pudor.

Senhora que do mundo me acalma,
A ti entrego os sentimentos, entre palavras e madrugadas.
Entre acordes e explicações segue à tarde,
Percebo olhares que tentam decifrar-me por inteiro.

És única entre toda a cidade e entre os seres que nela habitam,
Tu diferencias-se dos singelos olhares cotidianos
De palavras, frases e verbos levianos.
Enigmática de corpo mente e alma!.



                            Talbert Igor