Os males navegam por ondas entrelinhadas de ventos secos
zumbidos espalham-se em cantos de passarinhos.
As palavras levaram delírio e surdez ao meu ouvido direito
Torturas sonoras em tons consonantais.
O arco-visão dilatado por substâncias corrosivas
E dentro das semanas ainda é caçado por falsos sorrisos,
Os pés andam em caminhos reclusos
Desafiando aos dedos que apontam para o passado distorcido.
Entendo do açúcar e seus efeitos afiados que cortam o corpo
E entendo também do concreto das ruas.
Os anfíbios não ressecam a pele porque querem,
A brisa do entardecer rouba-lhes a quietude diária.
Enquanto o sol morre mais e mais além,
Tocam-se canções de frases derivadas da mesma matriz de
ilusão.
Fecho as pálpebras e recolho o corpo indolente
Buscando a resistência entre penas e bicos de passarinhos,
Em pontos do céu se percebe o mais profundo colorido do Syd.