Fiando cantigas e gerações
Tecendo peças de murmúrios
Anfíbio que surge em paredes
gélidas
Aracnídeo solto no tempo
engrenado.
Escapou as extremidades da seda
Viu o homem perder seus fios de
sede
Pios de ave aos cantos acuados
Sentiu, suou, saiu, em si, sentou-se.
Globo negro esvaindo palidez na
ponta dos dedos
Saliva a vontade e desejos
Agulhas em poros e cabelos
O corpo sereno no cansaço de algodão
alumiado.
Lamparina ao fundo dos olhos matriarcas
Lunetas refletidas em emoções de
máquinas
Lira das semanas em passadas
enraizadas
Silêncio comungado em teto peçonhento.
Talbert Igor