Ontem, um outro foi lembrado
Através de cem anos com versos dinásticos
Hoje, quinta-feira, outro é marcado
Com a morte e com o selo do fantástico.
Vens moldando palavras pelo barro da natureza
Com partículas de aves e com o papel fecundo
Pois de simplicidade que surge oriundo da clareza,
A ave sai do ovo, o ovo é o mundo.
Este ano nos roubou mestres de diversas fases
Foi-se pela música, a literatura e tantas outras vertentes
E, que no caminho fomos perdendo algumas bases
De gigantes que espalhavam talentos resistentes.
Ah, Manoel de tantos voos pela infância
Que no mapa líquido que escorre pela cor de tinta
Fazendo o amanhecer e fabricando sorrisos com abundância
Mas que foi sucumbido num abafado 13 do dia de quinta.
Talbert Igor