Eu conheço um homem moribundo
Seus olhos pulsam ao quente termal
Na penumbra dum corpo intumescido.
Acendendo seu cigarro compulsivo e distribuindo contradições
Ele apanha a garrafa de conhaque barato,
Caminhando para seu repouso esticado sobre duas estacas secas.
O som do rádio conta os aboios,
A manguaça de chocalhos sobre a terra.
Eis que ele distribui ordem
Uma após a outra
E quando se cansa das esferas
Ascende um outro tanto de palha.
É o senhor de sua desgraça
E suas ações resumem-se ao líquido,
Saliva, suor, sangue e álcool.
Eu conheço um homem moribundo
E essas palavras foram tão tolas
Quanto as suas ações.
Talbert Igor