Diluiu densas cores dessas nuvens voltando-se de pés passados.
Já não se tinha palavras sorridentes
Nem mesmo desvios de olhares.
Captar pétalas e sopra-las ao vento
Já foi trabalho prazeroso até para nós.
Tudo que se pede é recostar por pernas,
Descansar as ilusões e delírios.
Qualquer círculo negro é chamativo para luzes curiosas.
Ir-se embora as seis e meia já virou rotina
Assim como cenas da velha memória.
Ouvir a história já sabendo o final é sentir esse tempo chegar.
De nada adianta temer o mar,
Quando se pode devorar vento e cuspir areia.
Alguma coisa faz perturbar,
De longe sente-se angústia evaporando de retinas...
Sonhos virariam chumbo,
Como se o silêncio não fosse inquieto para um corpo paranoico.