domingo, 9 de março de 2014

PROCESSO




Ele tinha acabado de sair daquele prédio antigo e estava parado no ponto de ônibus.
-Ei, colega!         - gritou ela. mas no meio da multidão, ele não ouviu.
Mas ela chegou perto e tocou em seu obro:
-Ei, colega!
Ele se virou e a viu sorridente.
-Olá        - disse ele.
-Tá esperando qual?
-Brotas. E você?     - ele olhava para frente.
-Cabula...
-Legal...
-Esse professor é maluco! - disse ela.
-É... ele acha que a gente tem muita grana.
-Nunca vi encher tanto o saco para comprar material em tão pouco tempo, ainda por cima  desnecessário.
-Ser artista custa caro...   - ele fez ar de riso.
-Essa é uma das partes chatas.
-Vou nessa. O rodoviária b já chegou.
-Até a próxima.  - disse ela
Ele estava com tintas nas mãos, alucinado e exalando a aguarrás.
Ela ficou sorridente, cabelos tingidos de ruivo e pipoca na mão.




Talbert igor