sábado, 24 de agosto de 2013
TAMAREIRA
Quando suas aves alcançam a luz no final da tarde
Posso ver o olhar - fruto - pitanga
Sorridente em charme cacheado.
Helena de escultura em mistura
Voo raso nas curvas de vestido e curiosidade.
Perfume leve de doce maracujá
E na flor demonstro ser seu maribondo.
Nada sei dos mistérios ocorridos
Mas ouso provar da cor e simbologia dos licores,
De seu globo negro convidativo em desvios tímidos
E da verdade nas coisas que desconheço:
O corpo,
a plastificação
e o sorriso.
Lyra em formação melódicas de pontos seguidos no céu
Alfa brilhante no rastro de anos-luz à Vega
Contradição e tríade de bípedes destros,
Ligação nos caninos de beleza rara.
Silêncio de mãos,
Na chuva fina de quintas gravadas ao cobre
Quando ousamos musicar na memória de outrora.
Assim, nas coincidências de sinais crucificados
E palavras no limbo de tinta, pena e bico
Esperando sua estória na sombra da tamareira
Ou em terças, nos traços do calendário.
Talbert Igor
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