terça-feira, 10 de setembro de 2013

PASSERIFORMES


Ave depenada,
Chutando o balde da semana,
Aspirando vento lúdico.
Na pata de embriaguez
Sugando cristal de cevada
Almeja pecado sólido,
Arrastando-se por entre os anos.
Ave de tutano escasso do osso
Abortando luz na fenda do crânio,
Fazendo rastro curto por patas de gancho.
Voa, ó mazela alada!
Espalhe as penas que lhe restam
Sobre o terreno tardio das áreas;
No fruto que bicas, nas gotas que migram.
A mudança do vento lhe atravessando
Entre o olhar da criatura
E o acidente que encontra nas partículas em suspensão.
Descansa em galho celestial,
Na crosta de cores que carregas.
Elevada nas rotas de migração,
Na praça de migalhas trigadas.
Do trio travado ao fio de poste
Arais caminhados na corrente de plumas;
No arrulhar das ruas sombreadas.
A notícia se espalhando por folhas
Do elemento esticado na calçada,
Entre bando de norte performático,
Na morte de bandos avoados,
Por ser copia dentro do coletivo.
       


                Talbert Igor

Nenhum comentário:

Postar um comentário